quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma pede solução para a crise e defende a criação do Estado Palestino na ONU

A presidenta Dilma Rousseff abriu nesta quarta a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Dilma exaltou o fato de ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia e enfatizou a necessidade de uma solução global para a crise econômica mundial.

Outro ponto importante do discurso de Dilma foi a defesa da criação de um Estado Palestino, além da crítica a repressão a civis. A presidenta voltou a pedir uma reforma do Conselho de Segurança e a defender o direito do Brasil ter um assento permanente no CS.

Crise econômica
Segundo Dilma, o mundo vive um momento delicado, mas de grande oportunidade histórica. Ela afirmou que, se a crise econômica global não for debelada, pode se transformar em uma ruptura "sem precedentes", capaz de provocar sérios desequilíbrios entre as pessoas e as nações. "Ou nos unimos todos e saímos vencedores, ou sairemos todos derrotados." Menos importante é saber quem foram os causadores dessa situação, de acordo com ela.

"Importa sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras. Essa crise é séria demais para que seja administrada por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam na responsabilidade da condução do processo, mas sofrem as consequências da crise, todos os países. Portanto, têm direito de participar das soluções."

A presidenta afirmou ainda que a crise econômica global é uma oportunidade histórica para que haja um novo tipo de cooperação entre países emergentes e desenvolvidos. Segundo ela, os países emergentes estão prontos a ajudar os países desenvolvidos a sair da crise. Ela disse que faltam recursos políticos para o "mundo velho" e citou o desemprego como uma "praga".

"Enquanto muitos governos se encolhem, a face mais tenebrosa da crise, o desemprego, se amplia - afirmou, citando o desemprego na Europa e nos Estados Unidos. - É preciso combater essa praga e evitar que se espalhe."

Dilma afirmou ainda que é preciso impedir a manipulação do câmbio em políticas expansionistas e o protecionismo comercial. "O protecionismo e todas as formas de manipulação conferem maior competitividade fraudulenta. Senhor presidente, o Brasil está fazendo sua parte. Com esforço e muito sacrifício, o nosso mais país está tornando menores os gastos público" disse.

Conselho de Segurança
A presidenta defendeu nesta que a legitimidade do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas depende cada vez mais de sua reforma e que o Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente. "A discussão [sobre a reforma do CS] entra em seu 18º ano. O mundo precisa de um Conselho que reflita sua realidade", afirmou.

Estado Palestino
Como esperado, Dilma defendeu a criação de um Estado Palestino. "Chegou o momento de ter representada a Palestina a pleno título", afirmou, deixando clara a posição do Brasil em meio a intensas negociações para evitar uma crise diplomática pelo pedido de adesão dos palestinos à ONU.

Segundo ela, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a obter uma "paz duradoura no Oriente Médio", e assinalou que "apenas uma Palestina livre e soberana" poderá atender aos pedidos de Israel por segurança.

Mulheres
Primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia-Geral, Dilma lembrou o fato em sua fala e se disse orgulhosa. "É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna, que tem compromisso de ser a mais representativa do mundo." E destacou: "Vivo este momento histórico com orgulho de mulher. Tenho certeza que este será o século da mulher."

*Com informações de agências internacionais

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